Escrever é muito mais difícil do que parece. Quando você pega o texto pronto, revisado e editado, com todas as palavras e ideias no lugar certo, tudo soa tão natural que nem parece que o autor tenha realmente se esforçado. Não sei se isso se aplica aos grandes autores, mas para reles mortais limitados e medíocres como eu, a experiência tem sido bem diferente.
sábado, 15 de setembro de 2012
domingo, 12 de agosto de 2012
Para não dizer que não falei das Olimpíadas
Terminou hoje meu evento mainstream favorito. Não escrevi nada a respeito, em especial, por dois motivos:
1) Não estava em uma boa fase para produzir textos;
2) Queria evitar cair na armadilha de bancar o "especialista", coisa que quase todo mundo que comenta o assunto faz.
Agora que tudo acabou, a euforia passou e todo mundo começa a lembrar que, "puta que pariu, a próxima já é aqui!", sinto que já posso escrever algo de que eu não vá me arrepender depois.
1) Não estava em uma boa fase para produzir textos;
2) Queria evitar cair na armadilha de bancar o "especialista", coisa que quase todo mundo que comenta o assunto faz.
Agora que tudo acabou, a euforia passou e todo mundo começa a lembrar que, "puta que pariu, a próxima já é aqui!", sinto que já posso escrever algo de que eu não vá me arrepender depois.
sábado, 21 de julho de 2012
Novo mundo
Mofo. O cheiro era de mofo. Abri os olhos que pareciam estar fechados há muito tempo.
Não reconheci aquele quarto. Nem aquela cama. Não sei dizer se eram meus, ou se foram meus algum dia. Arriscaria dizer que não pertenciam a ninguém há anos. As rachaduras na parede, as teias de aranha no teto e os insetos vagando sem rumo pelo chão denunciavam o estado de abandono do lugar.
Não reconheci aquele quarto. Nem aquela cama. Não sei dizer se eram meus, ou se foram meus algum dia. Arriscaria dizer que não pertenciam a ninguém há anos. As rachaduras na parede, as teias de aranha no teto e os insetos vagando sem rumo pelo chão denunciavam o estado de abandono do lugar.
sábado, 7 de julho de 2012
O segundo aniversário
Há exatos dois anos eu publicava o primeiro post desse blog. Uma parca introdução ao que seria (ou pretendia ser) esse espaço. Desde então outro textos vieram... tenho a leve impressão que já disse tudo isso no ano passado, quando o L-A completou seu primeiro ano de vida. Bom, de qualquer forma, esse texto vai seguir a mesma linha. É isso aí, mais um pouco de estatísticas para animar nossa noite de sábado!
domingo, 1 de julho de 2012
Buraco Negro - Final
Suas pálpebras pareciam pesar meia tonelada, mas ele continuou empenhado em sua tarefa de abrir os olhos. Aos poucos, ia recobrando a consciência. Lembrou-se da conversa com Godofredo e as coisas horríveis que ele contou. Depois reviveu a imagem da casa sendo invadida o do ataque sofrido por eles.
"Onde estou?" pensou. Não tinha certeza se estava preparado para saber.
"Onde estou?" pensou. Não tinha certeza se estava preparado para saber.
terça-feira, 26 de junho de 2012
Buraco Negro - parte 5
Era difícil digerir tudo aquilo que ouvia. As palavras ecoavam no fundo da mente, mas nada parecia fazer sentido. O termo que melhor descrevia a situação era "surreal", embora ele próprio não soubesse o verdadeiro significado disso.
sábado, 16 de junho de 2012
Buraco Negro - parte 4
- Por que você se inscreveu nisso? - perguntava Jonatas confuso - Você é péssimo em matemática!
Nicolas limitou-se a dizer que era algo que ele precisava tentar. E ele respondeu a essa mesma pergunta mais duas vezes naquele dia: primeiro para sua mãe e depois para seu irmão. Se ele dependesse do entusiasmo alheio para ser bem sucedido nesta prova, estaria perdido.
Nicolas limitou-se a dizer que era algo que ele precisava tentar. E ele respondeu a essa mesma pergunta mais duas vezes naquele dia: primeiro para sua mãe e depois para seu irmão. Se ele dependesse do entusiasmo alheio para ser bem sucedido nesta prova, estaria perdido.
domingo, 10 de junho de 2012
Buraco Negro - parte 3
Nicolas corria pela caverna escura. Não sabia para onde ia ou de quem estava fugindo. Só sabia que precisava correr.
Quando finalmente encontrou a literal luz no fim do túnel, juntou o que lhe restava de suas forças e concentrou-as em suas pernas. Seria revigorante poder ver o céu novamente. Mas antes que pudesse colocar os pés para fora daquele lugar, uma figura inesperada apareceu na sua frente.
Quando finalmente encontrou a literal luz no fim do túnel, juntou o que lhe restava de suas forças e concentrou-as em suas pernas. Seria revigorante poder ver o céu novamente. Mas antes que pudesse colocar os pés para fora daquele lugar, uma figura inesperada apareceu na sua frente.
sábado, 2 de junho de 2012
Buraco Negro - parte 2
[Parte 1]
A noite parecia ter sido eterna. Teve o sono interrompido diversas vezes. E sempre que olhava no relógio, parecia que não havia passado nem um minuto desde a última vez.
Mesmo assim, conseguiu sonhar. Sonhava que andava por uma caverna escura, sem que conseguisse enxergar qualquer coisa. Era como se estivesse sendo aspirado por um buraco negro sem perspectiva de retorno. Mesmo se virasse para trás, não conseguia visualizar a entrada do ambiente. Era só ele e as trevas.
A noite parecia ter sido eterna. Teve o sono interrompido diversas vezes. E sempre que olhava no relógio, parecia que não havia passado nem um minuto desde a última vez.
Mesmo assim, conseguiu sonhar. Sonhava que andava por uma caverna escura, sem que conseguisse enxergar qualquer coisa. Era como se estivesse sendo aspirado por um buraco negro sem perspectiva de retorno. Mesmo se virasse para trás, não conseguia visualizar a entrada do ambiente. Era só ele e as trevas.
sábado, 26 de maio de 2012
Buraco Negro - parte 1
Era uma noite comum naquela casa: o pai esticava-se em sua poltrona favorita para assistir ao telejornal depois de um cansativo dia de trabalho. A mãe estava a horas no telefone com uma amiga, colocando em dia todas as novidades da semana. O filho mais velho estava na casa da namorada. Avisou que passaria essa noite por lá. O filho mais novo estava em seu quarto, fazendo a lição de casa.
A professora havia lhe passado uma lista de cem exercícios para resolver. Era uma espécie de reforço - ou seria vingança? - por ele não ter ido muito bem na última prova de matemática. Ele já havia feito pouco mais da metade da lista, mas seus olhos já começavam a embaralhar todos aqueles números.
A professora havia lhe passado uma lista de cem exercícios para resolver. Era uma espécie de reforço - ou seria vingança? - por ele não ter ido muito bem na última prova de matemática. Ele já havia feito pouco mais da metade da lista, mas seus olhos já começavam a embaralhar todos aqueles números.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Os 10 clichês que mais me incomodam na ficção
Ok, isso vai demorar muito mais do que eu esperava.
Enfim, acho que não são exatamente os "10 piores", mas são os 10 que consegui pensar durante a semana. Não reparem se o texto não estiver fazendo muito sentido: escrevi na pressa.
Divirta-se:
Enfim, acho que não são exatamente os "10 piores", mas são os 10 que consegui pensar durante a semana. Não reparem se o texto não estiver fazendo muito sentido: escrevi na pressa.
Divirta-se:
domingo, 13 de maio de 2012
Top 5 - Elementos narrativos
Talvez eu devesse ter escrito esse texto antes de começar a me meter a comentar sobre ficção. Infelizmente, retcons não são possíveis na vida real, o que significa que esse texto - que daria uma bela introdução ao assunto - será nosso capítulo 3. Enfim, chega de lamentações. Porque, excepcionalmente, hoje vamos falar de coisa boa...
sábado, 5 de maio de 2012
Plot Hole Panic
Ninguém estava lá para saber quais foram suas últimas palavras...
Uma história de ficção é, superficialmente falando, uma mentira que o autor conta ao leitor. A intenção não é fazer o leitor assumir aquela trama como algo que aconteceu de verdade, mas é fundamental que ela tenha o mínimo de coerência com as regras estabelecidas pelo seu próprio universo. A palavra-chave aqui é "mínimo". Afinal, é quase impossível criar uma história livre de qualquer tipo de contradição.
sábado, 28 de abril de 2012
Varrendo a sujeira para debaixo do tapete
Muita coisa muda durante um processo de produção. Ideias surgem e são descartadas o tempo inteiro. E o resultado final costuma ser bem diferente do primeiro esboço. Isso é normal e saudável. Basta procurar qualquer entrevista em que autores e produtores discutem suas obras para perceber o quanto aquela história que você tão bem conhece e tanto ama poderia ter sido bem diferente.
sábado, 21 de abril de 2012
Quatro meses em um
Pois é. O que eu temia acabou acontecendo mais cedo do que nunca: fiquei um mês inteiro sem postar nada. Aliás, um não. Três. Janeiro, fevereiro e março passaram sem qualquer registro pelo blog. Abril quase teve a mesma sina, não fosse por este texto tapa buraco.
- Enfim, eu tinha dito que tinha planos para o blog. E realmente tinha. Só que era um projeto relativamente grande e, infelizmente, não tenho mais aquela vida de desocupado que tinha antes. Seria uma série de posts sobre um determinado assunto. Não sei se ainda terei fôlego para retomá-la, mas, certamente, o timing já passou.
- Deixei o blog de lado também, em partes, por preferir utilizar meu tempo no computador para trabalhar num projeto pessoal mais ambicioso: um livro de ficção. Não sei se um dia terei coragem de publicá-lo, mas pelo menos produzido ele será.
- E, por conta disso, tenho pesquisado muito sobre ficção em geral. O tema em si sempre foi do meu interesse, mas quando você mergulha num processo de criação deste porte, acaba observando melhor os vícios e percebendo o tipo de coisa que te agrada ou te incomoda. Não é a mesma coisa que esses microcontos meia-boca que costumava publicar por aqui. No caso deles, eram apenas ideias que surgiam na minha cabeça e eu deixava correr. Agora não. É um projeto mesmo. Existe todo um trabalho de manter os personagens, eventos e cenas em constante harmonia.
- O que eu tenho pensado é utilizar o blog de alguma maneira que me ajudasse nesse processo. Talvez publicar alguns posts que discutam algumas ferramentas narrativas. Não que eu ache que alguém vá ler ou comentar, mas pelo menos a) o negócio fica mais publico e cria-se uma chance de diálogo, diferentemente das minhas anotações particulares; b) eu não deixo o blog tão desatualizado e c) os registros ficam aí, para o caso de eu precisar mais futuramente.
- Se isso realmente vingar, pretendo me esforçar para conseguir postar todo final de semana. Se não vingar, vou simplesmente deletar o post e fingir que ele nunca existiu.
- Hum... acho que já tenho um tema para o post da semana que vem...
- Enfim, eu tinha dito que tinha planos para o blog. E realmente tinha. Só que era um projeto relativamente grande e, infelizmente, não tenho mais aquela vida de desocupado que tinha antes. Seria uma série de posts sobre um determinado assunto. Não sei se ainda terei fôlego para retomá-la, mas, certamente, o timing já passou.
- Deixei o blog de lado também, em partes, por preferir utilizar meu tempo no computador para trabalhar num projeto pessoal mais ambicioso: um livro de ficção. Não sei se um dia terei coragem de publicá-lo, mas pelo menos produzido ele será.
- E, por conta disso, tenho pesquisado muito sobre ficção em geral. O tema em si sempre foi do meu interesse, mas quando você mergulha num processo de criação deste porte, acaba observando melhor os vícios e percebendo o tipo de coisa que te agrada ou te incomoda. Não é a mesma coisa que esses microcontos meia-boca que costumava publicar por aqui. No caso deles, eram apenas ideias que surgiam na minha cabeça e eu deixava correr. Agora não. É um projeto mesmo. Existe todo um trabalho de manter os personagens, eventos e cenas em constante harmonia.
- O que eu tenho pensado é utilizar o blog de alguma maneira que me ajudasse nesse processo. Talvez publicar alguns posts que discutam algumas ferramentas narrativas. Não que eu ache que alguém vá ler ou comentar, mas pelo menos a) o negócio fica mais publico e cria-se uma chance de diálogo, diferentemente das minhas anotações particulares; b) eu não deixo o blog tão desatualizado e c) os registros ficam aí, para o caso de eu precisar mais futuramente.
- Se isso realmente vingar, pretendo me esforçar para conseguir postar todo final de semana. Se não vingar, vou simplesmente deletar o post e fingir que ele nunca existiu.
- Hum... acho que já tenho um tema para o post da semana que vem...
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