terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Se você pensa em comprar a felicidade...

... primeiro é melhor torcer para que ela nasça.


Nesse último Natal, acabei reassistindo "A Felicidade não se Compra" (It's a Wonderful Life). Filme clássico para o final do ano. A história você conhece (mesmo que nunca tenha visto a obra - a idéia foi copiada, parodiada, reproduzida e adaptada por praticamente todo mundo e é bem provável que você conheça pelo menos uma dessas versões): George Bailey (James Stewart) é um homem bondoso e sempre disposto a ajudar os outros. No entanto, vários problemas surgem na vida dele o que o faz desejar nunca ter nascido. Um anjo aparece e mostra pra Bailey como seria o mundo sem ele: uma merda. Todas as pessoas que ele ama seriam infelizes, o vilão seria ainda mais poderoso porque ninguém teria culhões para enfrentá-lo, etc. Então ele reconhece que tem uma vida maravilhosa, volta a existir e curte seu final feliz ao lado da família e dos amigos.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Frases que odeio...

... mas ouço sempre #3

"Respeito sua opinião."

Essa sempre surge depois de uma discussão mais pesada e quase sempre é mentirosa. O que as pessoas querem realmente dizer é: "Vamos parar por aqui antes que eu arrebente seus dentes com uma marreta, abra sua caixa toráxica com um pé-de-cabra, enfie doze flautas doces pelo seu cu e perca todo o respeito que tenho por você". E é exatamente por isso que ela me incomoda. Por que usar eufemismos? Por que não dizer exatamente o que você quer dizer?

Além de mentirosa, essa frase acaba dando a entender que você precisa respeitar opiniões contrárias às suas. E muita gente passa a exigir respeito às suas opiniões. E, na boa, opiniões não foram feitas para serem respeitadas. Opiniões servem para serem debatidas, argumentadas, testadas, confrontadas, expostas, repensadas e, se depois de tudo isso ela não se sustentar, descartadas sem dó.

E convenhamos: você mesmo não respeita opiniões diferentes. Dependendo do assunto em questão, você costuma:

a) rir de tal opinião
b) sentir raiva de quem expressa tal coisa
c) rolar os olhos e ignorar aquele monte de abobrinhas
d) baixar a cabeça em tom de negação e dizer: "esse aí não sabe nada".

Podem existir outras opções, mas é bem pouco provável que alguma se aproxime a isso: "ah, olha que legal, não concordo com absolutamente nada do que esse cara está falando, mas eu respeito tudo o que ele diz". Viu? Nem faz sentido uma frase dessas.

Outa coisa: você NÃO É a sua opinião. Quando alguém diz que a SUA OPINIÃO é idiota, ela não está, necessariamente, TE chamando de idiota. Muito menos te "censurando" (sério, quando a carta do "respeite a minha opinião" falha, a pessoa sempre vem com o papo de que está sendo censurada). Censurar é não permitir que sua opinião seja acessada por outros. Dizer que ela é uma bosta é só a opinião daquela outra pessoa sobre a sua opinião. A qual você também não precisa respeitar.

Acho que, ultimamente, precisamos respeitar menos as opiniões e mais as pessoas. É só a minha opinião. E ela não precisa ser respeitada.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

E os astecas não voltaram em 2010

Me dei conta de algo interessante hoje: uma grande dúvida da minha infância/pré-adolescência foi respondida no fim do ano passado e eu nem me dei conta disso. Os astecas não voltaram em 2010. Explico:

Há uns bons anos, em alguma sexta série da vida, tive de fazer um trabalho de escola sobre os astecas. Era um trabalho em grupo, na verdade. Então ficou definido que cada integrante seria responsável por pesquisar uma parte diferente da história deles. No meu caso, fiquei com o fim da civilização pré-colombiana. Nada muito complicado. Bastava falar da dominação espanhola, formação do México, etc.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Nostalgia com cara de novidade

... ou, A volta dos que não foram - Parte 2

Ok, vamos terminar isso ainda esse ano. Voltemos ao New Super Mario Bros Wii. Não pretendo fazer uma análise, revisão, resenha ou seja lá como você goste de chamar. O jogo já saiu faz um ano e todo mundo minimamente interessado nele não só já jogou, como também já terminou e já está jogando outra coisa no momento. São só algumas impressões que eu tive enquanto jogava.

Antes, preciso dizer que esqueci de mencionar algo importante no texto anterior: a grande desculpa utilizada para reviver a série em 2D. Foi o fator multiplayer. O jogo permite que até 4 pessoas joguem ao mesmo tempo. O fato em si não é novidade. Muitos jogos de plataforma arcaicos já permitiam essa colaboração (não quatro pessoas, mas duas). Mas NSMBW soube explorar bem a idéia. Volto a falar disso mais para a frente.


terça-feira, 28 de dezembro de 2010

A volta dos que não foram - Parte 1?

Voltando para pelo menos cumprir a minha cota de um post por mês. Não queria que o assunto fosse video game de novo, mas... é o que eu tenho mais feito ultimamente. Portanto, enquanto o mundo não decidir inventar nada mais interessante, vou continuar escrevendo sobre isso. Pelo menos nos momentos em que eu conseguir vencer a preguiça, abrir o blog e escrever.

Bom, o fato é que, nesse Natal, eu conquistei o direito de ganhar uma presente (sim, ultimamente a coisa anda assim. Nem espírito natalino sai de graça). Tinha pensado primeiro em pegar um Donkey Kong Country Returns, lançado no mês passado. Mas minha política de evitar jogos muito recentes falou mais alto. Não sei por que eu faço isso, realmente. Acho que gosto de esperar o hype baixar (e quando eu ouço gente falando que o DKCR é melhor do que a trilogia inicial, é provavel que eu acabe detestando o jogo só por isso). Decidi que esperarei mais alguns meses para tentar o jogo dos macacos.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Decepções antecipadas

É óbvio que nada bom poderia resultar disso


Sempre assim. Terminamos de ler um livro, fechamos um jogo de videogame, lembramos daquela revista em quadrinhos obscura que liamos na infância ou daquele desenho animado que passava no sábado de manhã e, em algum momento, inevitavelmente, passará pela nossa cabeça: Ei! E se fizessem um filme?

Muitas tentativas já foram feitas. E em pelo menos 90% das vezes, fracassaram colossalmente. A história é totalmente esquartejada para caber em duas horas e meia, os personagens são mal-caracterizados (e às vezes interpretados por atores duvidosos) e quando termina, você provavelmente está com uma dessas idéias na cabeça: "O livro é bem melhor", "Abusaram dos efeitos visuais/3D", "Arruinaram a minha infância" ou "Não tem a mesma atmosfera do jogo/livro/desenho/etc". Então porque insistimos em imaginar versões cinematográficas de todo e qualquer produto de ficção que vem parar nas nossas mãos?


terça-feira, 12 de outubro de 2010

Frases que odeio...

... mas ouço sempre #2

"Você é tão quietinho, né?"

Ouvi isso a vida toda. Na escola, na faculdade, nas festas de família, no curso de inglês, no curso de informática, na academia... quase todas as pessoas que acabam de me conhecer parecem ter uma obsessão em destacar o fato de eu não falar muito. Ou simplesmente não falar nada. E hoje, quando eu cometo a besteira de revelar a alguém que eu sou formado em jornalismo, sai de baixo. Para alguma dessas pessoas, essa é uma contradição tão grande que seria capaz de romper as barreiras das dimensões de tempo e espaço, mudar a rota gravitacional do planeta e provocar uma extinção em massa da espécie humana.

O pior é que essa frase não costuma vir sozinha. Às vezes, ela é acompanhada pela igualmente irritante “Você fala?”. Sim, é infalível. Quase todo mundo que ouve a minha voz pela primeira vez acha que esse é um evento digno de nota. Eu até suspeito que, se um saleiro de levantasse da mesa e começasse a cantar e dançar alguma coreografia da Mary Poppins, a pessoa não ficaria tão surpresa quanto.

Resumindo: sim, eu sou quieto e sim, eu falo. Acho que pelo menos 90% das pessoas que convivem comigo teriam capacidade suficiente para perceberem isso sozinhas, sem que ninguém precise avisá-las.


Se eu não falo com você, talvez eu não me sinta a vontade ainda para isso. Ou então, talvez eu não ache que não valha a pena. E se quando eu finalmente resolver conversar com você, você vier com uma dessas duas frases – ou derivadas – repensarei se eu vou mesmo querer manter contato.