terça-feira, 2 de novembro de 2010

Decepções antecipadas

É óbvio que nada bom poderia resultar disso


Sempre assim. Terminamos de ler um livro, fechamos um jogo de videogame, lembramos daquela revista em quadrinhos obscura que liamos na infância ou daquele desenho animado que passava no sábado de manhã e, em algum momento, inevitavelmente, passará pela nossa cabeça: Ei! E se fizessem um filme?

Muitas tentativas já foram feitas. E em pelo menos 90% das vezes, fracassaram colossalmente. A história é totalmente esquartejada para caber em duas horas e meia, os personagens são mal-caracterizados (e às vezes interpretados por atores duvidosos) e quando termina, você provavelmente está com uma dessas idéias na cabeça: "O livro é bem melhor", "Abusaram dos efeitos visuais/3D", "Arruinaram a minha infância" ou "Não tem a mesma atmosfera do jogo/livro/desenho/etc". Então porque insistimos em imaginar versões cinematográficas de todo e qualquer produto de ficção que vem parar nas nossas mãos?


terça-feira, 12 de outubro de 2010

Frases que odeio...

... mas ouço sempre #2

"Você é tão quietinho, né?"

Ouvi isso a vida toda. Na escola, na faculdade, nas festas de família, no curso de inglês, no curso de informática, na academia... quase todas as pessoas que acabam de me conhecer parecem ter uma obsessão em destacar o fato de eu não falar muito. Ou simplesmente não falar nada. E hoje, quando eu cometo a besteira de revelar a alguém que eu sou formado em jornalismo, sai de baixo. Para alguma dessas pessoas, essa é uma contradição tão grande que seria capaz de romper as barreiras das dimensões de tempo e espaço, mudar a rota gravitacional do planeta e provocar uma extinção em massa da espécie humana.

O pior é que essa frase não costuma vir sozinha. Às vezes, ela é acompanhada pela igualmente irritante “Você fala?”. Sim, é infalível. Quase todo mundo que ouve a minha voz pela primeira vez acha que esse é um evento digno de nota. Eu até suspeito que, se um saleiro de levantasse da mesa e começasse a cantar e dançar alguma coreografia da Mary Poppins, a pessoa não ficaria tão surpresa quanto.

Resumindo: sim, eu sou quieto e sim, eu falo. Acho que pelo menos 90% das pessoas que convivem comigo teriam capacidade suficiente para perceberem isso sozinhas, sem que ninguém precise avisá-las.


Se eu não falo com você, talvez eu não me sinta a vontade ainda para isso. Ou então, talvez eu não ache que não valha a pena. E se quando eu finalmente resolver conversar com você, você vier com uma dessas duas frases – ou derivadas – repensarei se eu vou mesmo querer manter contato.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Sorry, Mario, but your birthday was on another day

Há 25 anos salvando princesas e desentupindo encanamentos


Datas comemorativas ajudam a te dar um gancho quando você quer falar sobre algum assunto, mas não quer jogá-lo aleatoriamente na cara das pessoas sem nenhum pretexto. No entanto, às vezes elas fazem você se sentir obrigado a dissertar sobre o tema contemplado, mesmo quando você acha que não tem muito a acrescentar sobre isso.

Ontem (ou anteontem, não sei que hora esse post vai cair), foi o aniversário de 25 anos do Super Mario Bros. Simplesmente o jogo que definiu o estilo dos jogos de plataforma em 2D (pelo menos os side scrolling). Eu não podia deixar passar em branco. Mas vou falar o quê?

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Relatos de um investigador amador

Ela era o centro das atenções por onde passava. Impossível não vê-la. Rosto angelical, olhos azuis profundo, quase transparentes. Cabelos castanho-alourados. Três joaninhas tatuadas na nuca. Era como se um anúncio de perfume tivesse ganhado vida. Estava noiva há três anos e tinha planos de se casar depois da faculdade.

Até aquela manhã. Aquela triste e cruel manhã. Foi encontrada sem vida dentro de seu próprio carro. Um tiro na cabeça. A arma continuava caída no chão do veículo. Não havia sinais de arrombamento. Suícidio ou assassinato?

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Carta aberta ao Mês de Setembro

Caro Mês de Setembro,

Lembro que, quando era mais novo, esperava ansiosamente pela sua chegada. Também pudera. Era com você que vinha meu aniverário. Ah! As festas de aniversário. Tinha doces de todo o tipo, ganhava presentes, os amigos vinham, ganhava presentes, ficava mais próximo dos dezoito anos, ganhava presentes... enfim, não via a hora da sua chegada.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

"Rostos comuns nos corredores do colégio"

"Pode contar comigo. Mas só por uns tempos."


"Conta Comigo" é um daqueles filmes que costumava passar na Sessão da Tarde pelo menos uma vez por mês. Baseada em um conto do Stephen King, a história narra a aventura vivida por quatro garotos que saem a procura de um corpo de um menino da idade deles que morreu atropelado por um trem (faz tempo que eu não assisto ao filme, mas acho que era isso aí mesmo).

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Após uns dias afônicos...

...um post lacônico (mais raros aqui do que eu pensava).

Pois é. Estou sem noites ociosas para produzir textos semi-decentes e fazer as correções necessárias no post anterior. Tem dois temas na fila, mas estou ponderando se escrevo (e publico) mesmo.

Talvez essa seja minha última noite ocupada. Praticamente um "vale a pena ver de novo" dos tempos do TCC.