quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Sorry, Mario, but your birthday was on another day

Há 25 anos salvando princesas e desentupindo encanamentos


Datas comemorativas ajudam a te dar um gancho quando você quer falar sobre algum assunto, mas não quer jogá-lo aleatoriamente na cara das pessoas sem nenhum pretexto. No entanto, às vezes elas fazem você se sentir obrigado a dissertar sobre o tema contemplado, mesmo quando você acha que não tem muito a acrescentar sobre isso.

Ontem (ou anteontem, não sei que hora esse post vai cair), foi o aniversário de 25 anos do Super Mario Bros. Simplesmente o jogo que definiu o estilo dos jogos de plataforma em 2D (pelo menos os side scrolling). Eu não podia deixar passar em branco. Mas vou falar o quê?

Super Mario Bros. não foi o primeiro Mario que eu joguei. E nem o segundo. Essas honras cabem ao Super Mario Bros. 3 e ao Super Mario World, respectivamente. Acho que foi o terceiro. E nem foi a versão original. Comprei um cartucho do Super Mario All-Stars para Super Nintendo, uma coletânea com os três SMBs e o Lost Levels - jogo considerado tão difícil que nem foi lançado oficialmente nos Estados Unidos. Ficou lá pelo Japão mesmo.

Enfim, como eu já havia jogado duas versões posteriores, parte do impacto que o SMB causou quando surgiu não teve o mesmo efeito em mim. Pouca variedade de inimigos e power-ups. Fases muito parecidas uma com as outras. Claro que, na época, eu preferia jogar as outras versões. O que não quer dizer que eu não tenha me divertido com o pioneiro. Joguei até zerar. Às vezes, ficava até com remorso por usar as warp zones (acabava entrando no cano do segundo mundo, para aliviar um pouco a consciência).

Hoje já é mais fácil reconhecer a importância dos SMB. Ver como vários elementos dele estão presentes nos sucessores e em jogos de outras séries. É um jogo que não envelhece e que pode ser reinventado de várias maneiras.

Eu diria até que o SMB funciona como uma espécie de "norte" da série. Os jogos que vão sendo lançados, por mais mirabolantes que sejam as novidades apresentadas, acrescentam elementos que remetem ao primeiro - uma música, uma fase, um personagem. Até o fato de a história ser sempre a mesma (princesa sequestrada por tartaruga gigante. Mario parte para o resgate) ajuda a série a não fugir de suas raízes. Inovar sem perder a identidade.

Talvez por isso, Mario seja uma série que tem boa aceitação tanto no 2D quanto no 3D. Uma das poucas que conseguem tal feito. Os jogos batem recordes de vendas a cada lançamento. O que significa que devemos ter pelo menos mais 25 anos de Mario vindo aí. E não há como negar: o SMB foi muito importante para a consolidação da série. (Sem tirar o mérito dos jogos seguintes, é claro. Fossem eles ruins, a série já teria fracassado.)