Acordou, como sempre, às seis horas da manhã. Entrou no banheiro e deu sequência à sua rotina matinal. Ao terminar de escovar os dentes, sua esposa apareceu na porta com um sorriso encantador. O mesmo sorriso que o encantara a quinze anos quando a viu pela primeira vez naquela festa no apartamento do Joca.
- Parabéns, meu amor - disse ela dando-lhe um beijo e um forte abraço.
- Oh! - exclamou ele - tinha até me esquecido.
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segunda-feira, 26 de setembro de 2011
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Agora você sabe
Passei dias pensando na melhor maneira de te dizer isso. Precisei de umas boas garrafas de cerveja para tomar coragem. E ainda assim, sei que vou me arrepender pela manhã.
É evidente que algo mudou entre nós. Não tente fingir que não havia percebido. Você não é burra. Talvez você não saiba específicar quando essa mudança ocorreu. Mas eu sei. Me lembro perfeitamente da tarde, a pior tarde da minha vida, quando soube da notícia.
É evidente que algo mudou entre nós. Não tente fingir que não havia percebido. Você não é burra. Talvez você não saiba específicar quando essa mudança ocorreu. Mas eu sei. Me lembro perfeitamente da tarde, a pior tarde da minha vida, quando soube da notícia.
segunda-feira, 14 de março de 2011
Almoço em família
Domingo, meio-dia em ponto. A família está toda em volta da mesa, degustando a sublime macarronada preparada pela avó. A conversa seguia normalmente, girando pelos tópicos de sempre: política, futebol, cinema, música e literatura. Era assim todos os domingos, fizesse chuva ou fizesse sol. A culpa era do avô o sistemático senhor gordo, de 63 anos, e com alguns poucos fios brancos na cabeça, sentado em uma das pontas da mesa. Gostava de ter a família por perto. Pensava que, assim, poderia controlá-los e evitar que fizessem algo errado. Pensava ele conhecer todos os segredos daquelas dez pessoas sentadas à mesa. Ele ficaria surpreso em saber que não.
O próprio avô guardava um segredo que nem mesmo sua esposa, com quem era casado há 35 anos, desconfiava. Aos 25 anos, ele matara seu melhor amigo. O caso causou grande comoção na pequena cidade onde viviam, mas nunca foi solucionado. O avô nunca confessou o crime. Para ninguém. Continuou amigo da família da vítima, consolou os pais do falecido e ajudou a pagar as despesas do funeral. O motivo, só ele e a vítima sabiam. Nenhum dos dois pensava em contar.
O próprio avô guardava um segredo que nem mesmo sua esposa, com quem era casado há 35 anos, desconfiava. Aos 25 anos, ele matara seu melhor amigo. O caso causou grande comoção na pequena cidade onde viviam, mas nunca foi solucionado. O avô nunca confessou o crime. Para ninguém. Continuou amigo da família da vítima, consolou os pais do falecido e ajudou a pagar as despesas do funeral. O motivo, só ele e a vítima sabiam. Nenhum dos dois pensava em contar.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Relatos de um investigador amador
Ela era o centro das atenções por onde passava. Impossível não vê-la. Rosto angelical, olhos azuis profundo, quase transparentes. Cabelos castanho-alourados. Três joaninhas tatuadas na nuca. Era como se um anúncio de perfume tivesse ganhado vida. Estava noiva há três anos e tinha planos de se casar depois da faculdade.
Até aquela manhã. Aquela triste e cruel manhã. Foi encontrada sem vida dentro de seu próprio carro. Um tiro na cabeça. A arma continuava caída no chão do veículo. Não havia sinais de arrombamento. Suícidio ou assassinato?
Até aquela manhã. Aquela triste e cruel manhã. Foi encontrada sem vida dentro de seu próprio carro. Um tiro na cabeça. A arma continuava caída no chão do veículo. Não havia sinais de arrombamento. Suícidio ou assassinato?
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Vida a la carte
Aviso: Esse texto ultrapassa os limites do mau-gosto em algumas partes.
- Boa tarde! Bem-vindo ao Vida a la Carte. O que o senhor deseja?
- Oi, boa tarde. Eu queria criar a minha próxima vida.
- Tudo bem. Pegue uma senha e logo o senhor será atendido.
- Obrigado.
- Boa tarde! Bem-vindo ao Vida a la Carte. O que o senhor deseja?
- Oi, boa tarde. Eu queria criar a minha próxima vida.
- Tudo bem. Pegue uma senha e logo o senhor será atendido.
- Obrigado.
domingo, 8 de agosto de 2010
Everybody hates America
*Insira aqui sua piada preferida sobre Chuck Norris*
Os Estados Unidos adoram uma guerra. Sim, esse é um daqueles estereótipos que eu condeno aqui de vez em quando. O país todo ganha a fama por causa de decisões governamentais e um forte lobby da indústria bélica local. Mas ninguém reforça mais esse preconceito do que a principal máquina de cultura do país. Segundo Hollywood, todo mundo quer bombardear os Estados Unidos. Até os invasores alienígenas parecem ter mais prazer destruindo a Casa Branca e a Estátua da Liberdade do que qualquer ponto turístico de outros países.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Contos modernos
Vagava sem rumo pelo deserto. O que ele fazia lá? Não sei. Nem ele sabe. Mas estava lá, andando sem saber se pro norte ou pro sul (na verdade, ele ia no sentido noroeste, mas isso só nós sabemos). Até que encontrou uma lâmpada.
- Jóia. - pensou - estou a dias perdido no deserto e, tudo o que esse autor de merda me dá é uma lâmpada. Eu quero água, pô! Ou pelo menos sair daqui.
- Jóia. - pensou - estou a dias perdido no deserto e, tudo o que esse autor de merda me dá é uma lâmpada. Eu quero água, pô! Ou pelo menos sair daqui.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Amontoado de clichês
Acordou. Não sabia onde estava e nem conseguia enxergar nada. Estava escuro. Escutava ao longe o choro de uma criança. Pouco depois, um cachorro começou a latir. Não se lembrava de nada. Sentia cheiro de álcool misturado a sangue, vômito e mofo. Teria bebido? Não sabia. Tentou chamar por alguém, mas a voz não saiu.
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