Obs: Texto originalmente escrito - e publicado no meu outro blog, hoje falecido - em dezembro de 2006.
Tudo pronto para a ceia. Dona Nicota tirava do forno o peru que não fora usado no Natal e o colocava na mesa. Lídia, sua filha divorciada, terminava de varrer a sala. Aos poucos, os familiares que elas haviam visto há uma semana, começaram a chegar.
Silvana, a outra filha de Nicota, chegava com Marcelo, seu marido rico, a quem todos tratavam de dr. Marcelo, mesmo que ele não fosse doutor em nada. Sua filha adolescente, Gabriela, tinha cara de poucos amigos, evidentemente porque queria estar na boate da cidade, onde segundo ela, todos os seus amigos estariam. Já o filho mais novo do casal, Miguel, parecia mais animado. Trazia consigo um laser que ganhara do pai no natal e que, de cinco em cinco minutos apontava para o rosto da irmã, aumentando consideravelmente seu já assustador mau-humor.
sábado, 31 de dezembro de 2011
sábado, 26 de novembro de 2011
No Country for old Returns - parte final
(Vamos fingir que não faz mais de seis meses que eu publiquei a parte anterior a essa e que o jogo ainda não tenha um ano de idade).
Antes de jogar o DKCR por minha conta, lia vários comentários a respeito da dificuldade elevada do jogo. Segundo constava, era bem mais difícil que a trilogia original. E a trilogia original não é necessariamente fácil. Era assustador, mas esse parecia ser o consenso.
Quando finalmente botei o CD para rodar no meu Wii, tive a reação inicial de concordar. Eu morria em fases do primeiro mundo e isso não acontecia nos três primeiros jogos! Bom, na verdade acontecia quando eu os joguei pela primeira vez, mas era porque eu era muito novo e... não os conhecia bem. Foi quando caiu a ficha. Talvez o DKCR não seja tão difícil assim. Ele só parece ser mais difícil porque não o jogo obsessivamente todos os anos como faço com a trilogia do SNES.
Antes de jogar o DKCR por minha conta, lia vários comentários a respeito da dificuldade elevada do jogo. Segundo constava, era bem mais difícil que a trilogia original. E a trilogia original não é necessariamente fácil. Era assustador, mas esse parecia ser o consenso.
Quando finalmente botei o CD para rodar no meu Wii, tive a reação inicial de concordar. Eu morria em fases do primeiro mundo e isso não acontecia nos três primeiros jogos! Bom, na verdade acontecia quando eu os joguei pela primeira vez, mas era porque eu era muito novo e... não os conhecia bem. Foi quando caiu a ficha. Talvez o DKCR não seja tão difícil assim. Ele só parece ser mais difícil porque não o jogo obsessivamente todos os anos como faço com a trilogia do SNES.
domingo, 20 de novembro de 2011
Devaneios sobre a interação na rede
Dizer que a internet mudou as nossas vidas é talvez o maior clichê da última década. Sim, é uma grande ferramenta, com enorme potencialidade que foi capaz fazer o mundo parecer menor do que costumava ser. Hoje podemos saber o que está acontecendo do outro lado do planeta em um ou dois cliques. A internet é tão foda que até permite que um zero à esquerda feito eu digite algumas obviedades num blog qualquer e as divulgue para o mundo. Sim, ouvimos essa mesma história em praticamente todo texto que se aventure a tratar desse tema. Mas o fato de a história já ter sido contada um milhão de vezes não a torna menos impressionante.
Talvez uma das maiores mudanças que a internet trouxe para nossas vidas diz respeito à forma como interagimos com as pessoas - sejam elas conhecidos da vida real ou não.
Talvez uma das maiores mudanças que a internet trouxe para nossas vidas diz respeito à forma como interagimos com as pessoas - sejam elas conhecidos da vida real ou não.
domingo, 30 de outubro de 2011
Memória fotográfica
Você passa 15 dias na Europa fazendo turismo. Visita os principais pontos turísticos, tira fotos e enche o saco dos nativos pedindo informações em inglês - sendo que essa nem é a língua oficial do país em questão. Ao voltar para a casa, todo mundo quer saber... tudo! Como são os lugares, como são as pessoas, o que aconteceu de bom, o que aconteceu de ruim, se estava frio, se lá é melhor que aqui e toda a sorte de perguntas que pretende saciar aquela curiosidade natural que todo mundo tem a respeito de algo que só conhece por fotos.
E você, claro, tem bastante coisa para contar. Afinal, foram 15 dias longe de casa, do outro lado do Oceano Atlântico e quase sem contato com o lado de cá da sua vida. São tantas coisas para contar que você não sabe por onde começar. Na verdade, a experiência foi tão intensa que você não consegue transmiti-la oralmente para a parte interessada. E você fica lá, olhando a outra pessoa com aquela cara de "eu-tenho tanto-pra-te-falar-mas-com-palavras-não-sei-dizer" esperando, sei lá, que caia um DVD do céu com todos os melhores momentos da viagem editados, o que facilitaria a explicação. Apesar de DVD nenhum cair do céu, uma hora você se lembrará das fotos que tirou. Claro! Que melhor maneira de apresentar a Europa a uma pessoa que só conhece o continente por fotos senão por fotos?
E aí você mostra as fotos para a pessoa de lugares que ela provavelmente já havia visto por fotos. A diferença é que nas fotos de agora você aparece e isso parece dar mais credibilidade ao negócio. A pessoa vai passando as imagens e, vez ou outra, para pra comentar: "Que legal! Que lugar é esse?" e você simplesmente não sabe responder porque, enquanto o guia explicava a importância histórica e cultural da praça ou do castelo em questão, você estava ocupado demais tirando foto.
Pois é, eu sou daqueles que não conseguem tirar foto e curtir o momento ao mesmo tempo. Se eu estou aproveitando a viagem e tentando observar melhor as coisas a minha volta, eu me esqueço completamente da máquina fotográfica; Se eu invento de tirar foto do monumento, fico concentrado demais no enquadramento e me desligo do ambiante. E aí, quando vou tentar explicar porque aquela estátua ou torre merecia ser fotografada... não sei.
Por isso, é muito raro eu tirar fotos. Apenas em ocasiões especiais (e, mesmo assim, prefiro que outras pessoas fiquem encarregadas disso). Nessa última viagem, precisei tirar, né? Um monte de gente me cobrava "depois quero ver foto, hein?" Tudo bem. Se era foto que queria, é foto que terá. Só não espere receber nenhuma informação extra sobre o "lugar legal" na imagem.
E você, claro, tem bastante coisa para contar. Afinal, foram 15 dias longe de casa, do outro lado do Oceano Atlântico e quase sem contato com o lado de cá da sua vida. São tantas coisas para contar que você não sabe por onde começar. Na verdade, a experiência foi tão intensa que você não consegue transmiti-la oralmente para a parte interessada. E você fica lá, olhando a outra pessoa com aquela cara de "eu-tenho tanto-pra-te-falar-mas-com-palavras-não-sei-dizer" esperando, sei lá, que caia um DVD do céu com todos os melhores momentos da viagem editados, o que facilitaria a explicação. Apesar de DVD nenhum cair do céu, uma hora você se lembrará das fotos que tirou. Claro! Que melhor maneira de apresentar a Europa a uma pessoa que só conhece o continente por fotos senão por fotos?
E aí você mostra as fotos para a pessoa de lugares que ela provavelmente já havia visto por fotos. A diferença é que nas fotos de agora você aparece e isso parece dar mais credibilidade ao negócio. A pessoa vai passando as imagens e, vez ou outra, para pra comentar: "Que legal! Que lugar é esse?" e você simplesmente não sabe responder porque, enquanto o guia explicava a importância histórica e cultural da praça ou do castelo em questão, você estava ocupado demais tirando foto.
Pois é, eu sou daqueles que não conseguem tirar foto e curtir o momento ao mesmo tempo. Se eu estou aproveitando a viagem e tentando observar melhor as coisas a minha volta, eu me esqueço completamente da máquina fotográfica; Se eu invento de tirar foto do monumento, fico concentrado demais no enquadramento e me desligo do ambiante. E aí, quando vou tentar explicar porque aquela estátua ou torre merecia ser fotografada... não sei.
Por isso, é muito raro eu tirar fotos. Apenas em ocasiões especiais (e, mesmo assim, prefiro que outras pessoas fiquem encarregadas disso). Nessa última viagem, precisei tirar, né? Um monte de gente me cobrava "depois quero ver foto, hein?" Tudo bem. Se era foto que queria, é foto que terá. Só não espere receber nenhuma informação extra sobre o "lugar legal" na imagem.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Futuro do pretérito
Acordou, como sempre, às seis horas da manhã. Entrou no banheiro e deu sequência à sua rotina matinal. Ao terminar de escovar os dentes, sua esposa apareceu na porta com um sorriso encantador. O mesmo sorriso que o encantara a quinze anos quando a viu pela primeira vez naquela festa no apartamento do Joca.
- Parabéns, meu amor - disse ela dando-lhe um beijo e um forte abraço.
- Oh! - exclamou ele - tinha até me esquecido.
- Parabéns, meu amor - disse ela dando-lhe um beijo e um forte abraço.
- Oh! - exclamou ele - tinha até me esquecido.
domingo, 28 de agosto de 2011
Internet x Telefone
- Alô?
- Estavam uma loira, um português e um papagaio num avião...
- Quem está falando?
- Espera, ainda não terminei! Então, estavam uma loira, um português e um papagaio num avião que caiu numa ilha deserta. Qual o nome do filme?
- ... não sei...
- Se você quiser saber a resposta, ligue para outras quinze pessoas e conte essa mesma piada. Depois, digite *550# e desligue o telefone. Você receberá uma ligação com a resposta. É 100% garantido, cara!Agora preciso desligar, faltam ainda quatro pessoas para eu atingir a cota e descobrir a resposta.
...
- Estavam uma loira, um português e um papagaio num avião...
- Quem está falando?
- Espera, ainda não terminei! Então, estavam uma loira, um português e um papagaio num avião que caiu numa ilha deserta. Qual o nome do filme?
- ... não sei...
- Se você quiser saber a resposta, ligue para outras quinze pessoas e conte essa mesma piada. Depois, digite *550# e desligue o telefone. Você receberá uma ligação com a resposta. É 100% garantido, cara!Agora preciso desligar, faltam ainda quatro pessoas para eu atingir a cota e descobrir a resposta.
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sexta-feira, 22 de julho de 2011
Um ano de blog: estatísticas, paranóia e conspirações
Em julho de 2010, resolvi criar um blog. E no dia sete desse mesmo mês nasceu o Lacônico-Afônico (eu gosto da sonoridade musical do nome. Sério. Mas, no fim, o nome acabou não tendo nada a ver com o que o blog se tornou de verdade).
No decorrer dos meses, o L-A foi ganhando forma. Fui postanto textos sobre os mais variados assuntos. Alguns eu me arrependi de postar. Outros me dão vergonha quando releio. Mas tem alguns que acabam me surpreendendo: textos que eu pensava ter ficado muito ruins tornam-se decentes numa segunda lida. Às vezes, ao ponto de eu pensar "Uau! Eu escrevi isso?".
Atualmente, a preguiça, a insegurança e a falta de assunto fazem com que eu atinja a incrível marca de um post por mês. É ridículo, eu sei, mas por enquanto eu me sinto vitorioso por não ter deixado passar nenhum mês em branco.
E como todo e qualquer blog pessoal, sem atualizações periódicas, sem divulgação ou público fixo, é de se esperar que ninguém leia esses textos, não é? Ok, o blog é aberto e pode ser caçado vez ou outra pelo Google, mas imagino que alguém tenha que procurar muito para achar esse depósito de bobagens. Será?
No decorrer dos meses, o L-A foi ganhando forma. Fui postanto textos sobre os mais variados assuntos. Alguns eu me arrependi de postar. Outros me dão vergonha quando releio. Mas tem alguns que acabam me surpreendendo: textos que eu pensava ter ficado muito ruins tornam-se decentes numa segunda lida. Às vezes, ao ponto de eu pensar "Uau! Eu escrevi isso?".
Atualmente, a preguiça, a insegurança e a falta de assunto fazem com que eu atinja a incrível marca de um post por mês. É ridículo, eu sei, mas por enquanto eu me sinto vitorioso por não ter deixado passar nenhum mês em branco.
E como todo e qualquer blog pessoal, sem atualizações periódicas, sem divulgação ou público fixo, é de se esperar que ninguém leia esses textos, não é? Ok, o blog é aberto e pode ser caçado vez ou outra pelo Google, mas imagino que alguém tenha que procurar muito para achar esse depósito de bobagens. Será?
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