Era uma noite comum naquela casa: o pai esticava-se em sua poltrona favorita para assistir ao telejornal depois de um cansativo dia de trabalho. A mãe estava a horas no telefone com uma amiga, colocando em dia todas as novidades da semana. O filho mais velho estava na casa da namorada. Avisou que passaria essa noite por lá. O filho mais novo estava em seu quarto, fazendo a lição de casa.
A professora havia lhe passado uma lista de cem exercícios para resolver. Era uma espécie de reforço - ou seria vingança? - por ele não ter ido muito bem na última prova de matemática. Ele já havia feito pouco mais da metade da lista, mas seus olhos já começavam a embaralhar todos aqueles números.
sábado, 26 de maio de 2012
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Os 10 clichês que mais me incomodam na ficção
Ok, isso vai demorar muito mais do que eu esperava.
Enfim, acho que não são exatamente os "10 piores", mas são os 10 que consegui pensar durante a semana. Não reparem se o texto não estiver fazendo muito sentido: escrevi na pressa.
Divirta-se:
Enfim, acho que não são exatamente os "10 piores", mas são os 10 que consegui pensar durante a semana. Não reparem se o texto não estiver fazendo muito sentido: escrevi na pressa.
Divirta-se:
domingo, 13 de maio de 2012
Top 5 - Elementos narrativos
Talvez eu devesse ter escrito esse texto antes de começar a me meter a comentar sobre ficção. Infelizmente, retcons não são possíveis na vida real, o que significa que esse texto - que daria uma bela introdução ao assunto - será nosso capítulo 3. Enfim, chega de lamentações. Porque, excepcionalmente, hoje vamos falar de coisa boa...
sábado, 5 de maio de 2012
Plot Hole Panic
Ninguém estava lá para saber quais foram suas últimas palavras...
Uma história de ficção é, superficialmente falando, uma mentira que o autor conta ao leitor. A intenção não é fazer o leitor assumir aquela trama como algo que aconteceu de verdade, mas é fundamental que ela tenha o mínimo de coerência com as regras estabelecidas pelo seu próprio universo. A palavra-chave aqui é "mínimo". Afinal, é quase impossível criar uma história livre de qualquer tipo de contradição.
sábado, 28 de abril de 2012
Varrendo a sujeira para debaixo do tapete
Muita coisa muda durante um processo de produção. Ideias surgem e são descartadas o tempo inteiro. E o resultado final costuma ser bem diferente do primeiro esboço. Isso é normal e saudável. Basta procurar qualquer entrevista em que autores e produtores discutem suas obras para perceber o quanto aquela história que você tão bem conhece e tanto ama poderia ter sido bem diferente.
sábado, 21 de abril de 2012
Quatro meses em um
Pois é. O que eu temia acabou acontecendo mais cedo do que nunca: fiquei um mês inteiro sem postar nada. Aliás, um não. Três. Janeiro, fevereiro e março passaram sem qualquer registro pelo blog. Abril quase teve a mesma sina, não fosse por este texto tapa buraco.
- Enfim, eu tinha dito que tinha planos para o blog. E realmente tinha. Só que era um projeto relativamente grande e, infelizmente, não tenho mais aquela vida de desocupado que tinha antes. Seria uma série de posts sobre um determinado assunto. Não sei se ainda terei fôlego para retomá-la, mas, certamente, o timing já passou.
- Deixei o blog de lado também, em partes, por preferir utilizar meu tempo no computador para trabalhar num projeto pessoal mais ambicioso: um livro de ficção. Não sei se um dia terei coragem de publicá-lo, mas pelo menos produzido ele será.
- E, por conta disso, tenho pesquisado muito sobre ficção em geral. O tema em si sempre foi do meu interesse, mas quando você mergulha num processo de criação deste porte, acaba observando melhor os vícios e percebendo o tipo de coisa que te agrada ou te incomoda. Não é a mesma coisa que esses microcontos meia-boca que costumava publicar por aqui. No caso deles, eram apenas ideias que surgiam na minha cabeça e eu deixava correr. Agora não. É um projeto mesmo. Existe todo um trabalho de manter os personagens, eventos e cenas em constante harmonia.
- O que eu tenho pensado é utilizar o blog de alguma maneira que me ajudasse nesse processo. Talvez publicar alguns posts que discutam algumas ferramentas narrativas. Não que eu ache que alguém vá ler ou comentar, mas pelo menos a) o negócio fica mais publico e cria-se uma chance de diálogo, diferentemente das minhas anotações particulares; b) eu não deixo o blog tão desatualizado e c) os registros ficam aí, para o caso de eu precisar mais futuramente.
- Se isso realmente vingar, pretendo me esforçar para conseguir postar todo final de semana. Se não vingar, vou simplesmente deletar o post e fingir que ele nunca existiu.
- Hum... acho que já tenho um tema para o post da semana que vem...
- Enfim, eu tinha dito que tinha planos para o blog. E realmente tinha. Só que era um projeto relativamente grande e, infelizmente, não tenho mais aquela vida de desocupado que tinha antes. Seria uma série de posts sobre um determinado assunto. Não sei se ainda terei fôlego para retomá-la, mas, certamente, o timing já passou.
- Deixei o blog de lado também, em partes, por preferir utilizar meu tempo no computador para trabalhar num projeto pessoal mais ambicioso: um livro de ficção. Não sei se um dia terei coragem de publicá-lo, mas pelo menos produzido ele será.
- E, por conta disso, tenho pesquisado muito sobre ficção em geral. O tema em si sempre foi do meu interesse, mas quando você mergulha num processo de criação deste porte, acaba observando melhor os vícios e percebendo o tipo de coisa que te agrada ou te incomoda. Não é a mesma coisa que esses microcontos meia-boca que costumava publicar por aqui. No caso deles, eram apenas ideias que surgiam na minha cabeça e eu deixava correr. Agora não. É um projeto mesmo. Existe todo um trabalho de manter os personagens, eventos e cenas em constante harmonia.
- O que eu tenho pensado é utilizar o blog de alguma maneira que me ajudasse nesse processo. Talvez publicar alguns posts que discutam algumas ferramentas narrativas. Não que eu ache que alguém vá ler ou comentar, mas pelo menos a) o negócio fica mais publico e cria-se uma chance de diálogo, diferentemente das minhas anotações particulares; b) eu não deixo o blog tão desatualizado e c) os registros ficam aí, para o caso de eu precisar mais futuramente.
- Se isso realmente vingar, pretendo me esforçar para conseguir postar todo final de semana. Se não vingar, vou simplesmente deletar o post e fingir que ele nunca existiu.
- Hum... acho que já tenho um tema para o post da semana que vem...
sábado, 31 de dezembro de 2011
Ano novo, vida velha
Obs: Texto originalmente escrito - e publicado no meu outro blog, hoje falecido - em dezembro de 2006.
Tudo pronto para a ceia. Dona Nicota tirava do forno o peru que não fora usado no Natal e o colocava na mesa. Lídia, sua filha divorciada, terminava de varrer a sala. Aos poucos, os familiares que elas haviam visto há uma semana, começaram a chegar.
Silvana, a outra filha de Nicota, chegava com Marcelo, seu marido rico, a quem todos tratavam de dr. Marcelo, mesmo que ele não fosse doutor em nada. Sua filha adolescente, Gabriela, tinha cara de poucos amigos, evidentemente porque queria estar na boate da cidade, onde segundo ela, todos os seus amigos estariam. Já o filho mais novo do casal, Miguel, parecia mais animado. Trazia consigo um laser que ganhara do pai no natal e que, de cinco em cinco minutos apontava para o rosto da irmã, aumentando consideravelmente seu já assustador mau-humor.
Tudo pronto para a ceia. Dona Nicota tirava do forno o peru que não fora usado no Natal e o colocava na mesa. Lídia, sua filha divorciada, terminava de varrer a sala. Aos poucos, os familiares que elas haviam visto há uma semana, começaram a chegar.
Silvana, a outra filha de Nicota, chegava com Marcelo, seu marido rico, a quem todos tratavam de dr. Marcelo, mesmo que ele não fosse doutor em nada. Sua filha adolescente, Gabriela, tinha cara de poucos amigos, evidentemente porque queria estar na boate da cidade, onde segundo ela, todos os seus amigos estariam. Já o filho mais novo do casal, Miguel, parecia mais animado. Trazia consigo um laser que ganhara do pai no natal e que, de cinco em cinco minutos apontava para o rosto da irmã, aumentando consideravelmente seu já assustador mau-humor.
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