sábado, 12 de julho de 2014

O Fim

O Fim costuma ser um choque para a gente. A ideia de que algo terminou, deixou de existir e nunca mais vai voltar demora um pouco para ser assimilada, digerida e aceita. Entramos num estado de negação, ficamos nostálgicos e parece impossível imaginar nossa vida sem aquilo que está acabando.

Mas a gente se adapta. Se acostuma. E em pouco tempo partimos para outra.

Nem sempre, porém, o Fim se anuncia fazendo alarde. As coisas vão terminando às mínguas, em suaves prestações. Perde-se o impacto do choque e torna-se mais fácil de se assimilar. No entanto, deixa a ferida aberta. Cultiva um cruel fio de esperança que torna-se mais amargo à medida que seu potencial não se concretiza. Frustra suas expectativas, mas não coloca aquele ponto-final que pouparia tanto sofrimento.

Eu não pretendia ser tão dramático por tão pouco, mas esse nariz de cera todo é só para avisar que esse é o último post desse blog.